Descubra os tipos de investimentos em renda fixa, como CDB, Tesouro Prefixado e LCI/LCA, e aprenda a calcular seu rendimento para planejar melhor as finanças
Compreender como calcular o rendimento de investimentos com taxa fixa representa um passo crucial para quem almeja tomar decisões financeiras de forma mais segura e consciente.
Ao dominar esse cálculo, é possível projetar o retorno do investimento, prever ganhos futuros, comparar diferentes opções de investimento e estabelecer metas com maior clareza, sem a necessidade de depender exclusivamente de consultores ou especialistas.
Entre os exemplos mais comuns de aplicação com taxa fixa, destaca-se o Tesouro Prefixado, uma modalidade do Tesouro Direto que já fixa a rentabilidade no ato da compra.
Assim como outros investimentos dessa categoria, ele permite ao investidor prever exatamente quanto receberá ao vencimento, o que facilita consideravelmente o planejamento financeiro.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
O que são investimentos de taxa fixa?
Investimentos de taxa fixa são aplicações financeiras em que as regras de rendimento são estabelecidas no momento da aplicação.
Isso significa que, desde o início, o investidor tem ciência do percentual exato de retorno sobre o valor investido. Tal previsibilidade atrai muitos investidores, especialmente aqueles mais conservadores ou iniciantes no universo das finanças.
Tipos de investimentos em renda fixa
Diversos são os tipos de investimentos em renda fixa, destacando-se aqueles emitidos por bancos, pelo governo e por instituições financeiras que operam no setor imobiliário e no agronegócio. Conheça os principais.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CDB é um título emitido por bancos, em que o investidor empresta recursos à instituição em troca de uma remuneração previamente estipulada.
Nos CDBs de taxa fixa, a taxa de juros é conhecida desde o início, o que possibilita calcular com precisão o valor a ser resgatado ao vencimento.
Tesouro Prefixado
O Tesouro Prefixado é um título público oferecido pelo Tesouro Direto, com rendimento fixo acordado no momento da aplicação. É recomendado para aqueles que buscam previsibilidade nos ganhos e têm a intenção de manter o investimento até a data de vencimento.
LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio)
As LCIs e LCAs são títulos emitidos por instituições financeiras para captar recursos destinados aos setores imobiliário e do agronegócio.
Quando têm rentabilidade prefixada, garantem um retorno definido no ato da aplicação e são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Como calcular o rendimento de investimentos em renda fixa?
Calcular o rendimento de um investimento em renda fixa é essencial para entender quanto o dinheiro aplicado renderá ao longo do tempo. Esse cálculo possibilita comparar opções, definir metas e tomar decisões financeiras com maior segurança.
A fórmula mais utilizada baseia-se nos juros compostos, que consideram os rendimentos acumulados ao longo do tempo, sendo expressa por: Valor Futuro = Valor Investido × (1 + taxa)^n, onde “n” representa o número de períodos (normalmente em anos ou meses, conforme a taxa).
O valor investido é o montante inicial aplicado, a taxa é a taxa de juros (por exemplo, 0,12 para 12% ao ano), e o tempo é o período de aplicação, geralmente em anos.
Essa fórmula é útil para investimentos como CDBs, Tesouro Prefixado e LCIs/LCAs, desde que o investimento seja mantido até o vencimento contratado, mantendo-se a taxa pactuada durante todo o período.
Nos casos de resgate antecipado, podem ocorrer perdas, marcação a mercado e ajustes de rentabilidade efetiva
Juros simples x juros compostos: qual a diferença?
Nos juros simples, os rendimentos são calculados apenas sobre o valor inicial investido, sendo fixos a cada período e sem considerar o acúmulo dos rendimentos anteriores.
Já nos juros compostos, os rendimentos de cada período são reinvestidos, gerando novos juros — o que aumenta consideravelmente o retorno ao longo do tempo, conhecido como “juros sobre juros”.
Na prática, a maioria dos investimentos de renda fixa utiliza juros compostos, refletindo com mais precisão a valorização do dinheiro ao longo do tempo.
Impostos e taxas: o que considerar?
Ao calcular o rendimento de um investimento, é fundamental considerar os impostos e as taxas que incidem sobre a aplicação. Isso porque eles impactam diretamente o rendimento líquido, ou seja, o valor que realmente vai para o bolso do investidor.
Os principais encargos incluem o Imposto de Renda (IR), aplicado sobre os rendimentos com alíquotas regressivas conforme o tempo de aplicação (de 22,5% a 15%), o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide sobre os rendimentos em caso de resgates realizados em menos de 30 dias em investimentos como o tesouro direto (atualmente 0,20% ao ano).
Simuladores financeiros como aliados dos investidores
Para aqueles que preferem não fazer contas manualmente ou desejam uma maneira mais prática de visualizar os resultados, os simuladores financeiros são excelentes aliados. Eles permitem que o investidor insira o valor do investimento, a taxa de rentabilidade e o tempo de aplicação, mostrando o valor final, frequentemente já com os impostos descontados.
Muitos bancos e corretoras oferecem essas ferramentas em seus aplicativos, facilitando o acompanhamento da rentabilidade dos investimentos em tempo real.
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