Como facilitar a alimentação de pessoas com disfagia?

A disfagia é uma condição que dificulta a deglutição de alimentos e líquidos, afetando significativamente a qualidade de vida das pessoas.

Estima-se que 16% a 22% da população brasileira com mais de 50 possuem esse distúrbio de deglutição. Sendo assim, é importante que essas pessoas recebam nutrição adequada, capaz de atender às suas necessidades.

Sintomas comuns de disfagia

Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, os sintomas da disfagia podem variar de pessoa para pessoa, tanto na questão da intensidade quando na parte do esôfago que está afetada.

Geralmente, as pessoas com disfagia têm dificuldade de engolir e podem apresentar episódios de engasgamento, regurgitação nasal, tosse e até mau hálito.

No entanto, nos quadros mais graves, a disfagia pode gerar desnutrição, perda de peso excessiva, até aspiração de alimentos e vômitos frequentes.

Diagnóstico e avaliação médica

Devido à seriedade dessa doença, esses sintomas não podem ser ignorados, por isso, é preciso buscar uma orientação médica para receber um diagnóstico mais preciso e começar logo o tratamento.

O médico pode solicitar exames como videofluoroscopia, que permite observa o processo de deglutição em tempo real, bem a endoscopia digestiva alta, onde tubo flexível com uma câmera é inserido pela boca para visualizar o esôfago e o estômago.

Além desses exames, é possível que o médico solicite um teste de deglutição com bário, para avaliar a deglutição por meio de um Raio-x.

Após ser feito esses diagnósticos, é possível determinar qual é a causa da doença e qual é o tratamento mais indicado para cada caso.

Desafios da alimentação para pessoas com disfagia

Há sem dúvidas muitos desafios enfrentados por pessoas com disfagia.

Em primeiro lugar, é possível mencionar o próprio desconforto em engolir, que gera uma enorme frustração e ansiedade no paciente, impactando tanto na saúde física quanto emocional.

Além disso, há também o grande risco de complicações graves, como aspiração de alimentos ou líquidos, levando à asfixia.

Esses episódios podem resultar em complicações como pneumonia por aspiração, vômitos frequentes, desidratação e desnutrição, representando um grande desafio para a saúde e para a qualidade de vida.

Por último, a disfagia pode ter um impacto negativo na qualidade de vida, limitando a capacidade de aproveitar as refeições sociais, participar de atividades cotidianas e até mesmo reduzir a autoestima do paciente.

Portanto, é essencial oferecer soluções alimentares e suporte psicossocial adequado para auxiliar o paciente a lidar melhor com esses aspectos e ter uma qualidade de vida melhor.

Introdução ao espessante alimentar

Uma das soluções mais eficazes para facilitar a alimentação de pessoas com disfagia é o uso de espessantes alimentares.

O espessante alimentar pode ser adicionado em líquidos e outros alimentos para alterar a sua consistência, tornando-os mais fáceis de engolir, especialmente para quem tem disfagia.

Benefícios do uso de espessantes alimentares

Os espessantes alimentares trazem muitos benefícios para quem tem disfagia, reduzindo principalmente o risco de asfixia e aspirações de alimentos.

Além disso, o espessante alimentar é extremamente versátil, podendo ser usado em vários tipos de alimentos e bebidas, ajudando que os pacientes a recebam os nutrientes necessários.

Por último, os espessantes garantem a hidratação, porque facilitam a ingestão de água e outros líquidos, prevenindo problemas renais e episódios de desidratação.

Dessa maneira, o espessante alimentar devolver a qualidade de vida para pessoas com disfagia, tornando as refeições mais agradáveis, menos estressantes e mais seguras.

Tipos de espessantes alimentares disponíveis

Há diversos tipos de espessantes alimentares disponíveis no mercado, mas cada um possui as suas características específicas e vantagens exclusivas.

O primeiro tipo, é o amido modificado, que já é encontrado em alguns produtos industrializados e até mesmo em balas e doces. Esse espessante alimentar pode ser facilmente encontrado e tem um custo acessível.

O segundo tipo de espessante alimentar é Goma Xantana, que geralmente é usada para melhorar a viscosidade de líquidos, mas sem alterar o sabor dos alimentos e bebidas.

A Goma Guar, também é um espessante alimentar e é comumente usada para melhorar a textura de alimentos tanto quentes quanto frios.

Dessa maneira, a escolha do espessante ideal deve considerar as necessidades e preferências do paciente.

Como usar espessante alimentar

O espessante alimentar é um produto muito fácil de ser usado e incluído na alimentação, já que pode ser adicionado a líquidos, tanto quentes quanto frios, bem como em alimentos mais aquosos como sopas, molhos e caldos.

Além disso, o espessante alimentar também pode ser incluído em alimentos sólidos, como purês, e até mesmo no feijão.

Para garantir que a consistência seja homogênea é necessário misturar bem espessante alimentar, usando um garfo, colher ou liquidificador. Mesmo que a mistura fique em repouso, não é necessário adicionar mais quantidade de espessante, porque a consistência será mantida mesmo depois desse período de repouso.

Por fim, é importante lembrar que os cuidados com a higiene e com a conservação devem ser mantidos para aumentar a vida útil do produto, além disso, o alimento precisa ser consumido em até duas horas e as sobras precisam ser descartadas para evitar contaminação.

Incorporando espessante alimentar em diferentes refeições

Os espessantes alimentares podem ser incorporados facilmente em todas as refeições, já que eles não alteram o sabor dos alimentos.

No café da manhã é possível adicioná-lo a iogurtes, sucos, leite e cereais matinais. No almoço e jantar é possível incluir o espessante alimentar em sopas, caldos, molhos e até no feijão, deixando esses alimentos mais viscosos e palatáveis.

Por último, no lanche da tarde ou da noite, é possível incluí-lo em smoothies, vitaminas e sobremesas, deixando-as mais fáceis de serem engolidas.

Manutenção da nutrição e hidratação

Um dos grandes desafios enfrentados por pessoas com disfagia é manter a hidratação e a nutrição, já que elas possuem uma grande dificuldade de engolir líquidos e alimentos sólidos com segurança.

No entanto, usando o espessante alimentar é possível tornar esses alimentos mais viscosos, facilitando o processo de deglutição, além de torná-lo mais seguro, evitando o perigo de asfixia por aspiração de alimentos.

Sendo assim, é possível devolver a qualidade de vida para essas pessoas, mas isso requer uma abordagem cuidadosa e personalizada, já que apenas com o diagnóstico médico é possível receber o tratamento, bem como realizar ajustes na dieta para incluir os espessantes de maneira adequada.